Finalmente descobri o que somos.
Não somos nada.
Nada do que planejei.
Nada do que achei que seríamos.
Nada. Nada que se possa definir.
Nada do que quis o auge do ego. Nada do que pensei querer.
E eu quis.
Mas, não somos nada.
Tampouco somos idealização ou capricho. Pois nada, repito, nada vinga com esses caras.
Mas, apesar do nada, percebi que somos tudo.
Tudo, um pouco de tudo. Tudo e todo o contrário. Todo o oposto e tudo de nada. Do pouco ao tudo.
E pelo nada e vice-versa é que eu não fodo com tudo.
Pois prefiro um pouco do tudo e um tanto do nada,
e seguir como uma racional impensada.
Por que na bagunça da ordem,
na imprudência assumida
e na baderna assinada,
o ser nada vale tudo
mas o não ser não tá com nada.